segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

105. # A Beautiful Lie .


01:19 e as lágrimas começam a correr pela cara, mais uma vez.
Inquieta, revoltada e anciosa. Sim, eram boas palavras para caraterizar o meu estado naquele momento.
02:19, uma hora depois as lágrimas continuavam a cair, não havia chuva para me acompanhar, não havia ali nenhuma mão esticada para me puxar para fora daquele sufoco e a minha voz estava demasiado embaciada para que eu pudesse gritar, mesmo que ninguém fosse ouvir. Muito tempo, eu tinha de fazer o tempo andar. Eu sentia-me como ..
Quando tu estudas muito para o teste, mesmo que já tenhas revisto a matéria 1001 vezes, mas mesmo assim não a consegues entender, e tu sabes que o resultado vá ser sempre o mesmo, mau.
Liguei o computador, a segunda surpresa da noite, a minha ansiedade acalmou. Agora pensava ao contrário, com clareza e com a cabeça. Sabia o que havia de fazer, mas as lágrimas teimavam mais que eu em cair.
Por volta das 3h? Peguei no telémovel:

- S-Sim?

- disse eu, com a voz meia termida a fazer de tudo para que as lágrimas não caissem.
E ela respondeu-me: Que se passa?
- Mesmo sabendo do que se tratava á muito tempo, mesmo depois de me ter avisado, mesmo sabendo que eu viria correr para ela.
- N.. Nada, fala comigo, só.
- E as lágrimas começaram a cair novamente.
- Que se passa? Conta-me. Tu estás a chorar, conta-me! - Insistiu-me com uma voz auturitária mas calma, compreensiva.
Ela sempre teve o dom de me chamar á razão, quer eu quisesse ou não e sempre me compreendeu quer fosse ou não o melhor para mim.
E as horas foram passando, eu já estava calma, tinhamos passado por vários assuntos, já nós tinhamos rido á custa de todas as pequenas coisas.
- Sabes que agora vais ter de tomar uma decisão. - Disse-me já séria e com firmeza.
- Eu sei, sei o que vou fazer e sim, eu consigo. - Disse-lhe eu firme, mas duvidosa de mim.
- Se tomares essa decisão tens de ter a certeza que a consegues levar para a frente, porque eu não te vou deixar voltar atráz.

6h40, adormeçi, acordei tarde de novo, como já era meu costume nos últimos tempos.
E mais uma vez eu cai para nada, cai para ninguém. Mas agora acabou, nunca mais.

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